O que significa esquecer o nome de conhecido, não lembrar de um recado, de pagar uma conta ou não saber onde guardou as chaves? Um adulto ou jovem pode alegar distração, cansaço ou estresse. Já para alguém com idade mais avançada, a sensação de um possível declínio das capacidades mentais, muitas vezes, assombra e gera apreensão. O que poucos pensam nessas horas é que as falhas da memória podem também ser resultado da ação de um mecanismo natural de eliminação das informações irrelevantes. E que compreender esse mecanismo contribui para o aprimoramento da memória.
Segundo a geriatra e estudiosa da memória Tânia Guerreiro, professora da Universidade Aberta à Terceira Idade, da UERJ, envelhecer não significa naturalmente perda da memória. “Existem mudanças sutis que predispõem o indivíduo às falhas de memória, porém, idosos saudáveis, que exercitam regularmente o cérebro com atividades intelectuais instigadoras podem manter seu bom rendimento e até apresentar melhora em seu desempenho, sobretudo, quando orientados para isso”, explica. Para ela, em qualquer idade é possível reconhecer e rever as próprias atitudes frente aos desafios da memória. “É preciso investir no autoconhecimento para se descobrir e desenvolver o próprio potencial”, diz.
Nesse sentido, as reações dos jovens ou dos idosos frente aos lapsos de memória podem estar um tanto equivocadas. “Tanto a conformidade quanto o alarmismo em relação às próprias falhas não favorecem o reconhecimento de suas origens e, consequentemente, retardam a necessária mudança de atitudes”, justifica.
Há 13 anos, Tânia desenvolveu a “Oficina da Memória”, trabalho de otimização cognitiva, que busca ajudar cada aluno a detectar suas dificuldades e facilidades, conhecer as próprias maneiras de aprender, superar os bloqueios iniciais e ganhar motivação. Ela ajuda adultos de todas as idades a se prepararem para o vestibular, concursos públicos, impulsionar a carreira ou prevenir futuros problemas de cognição.
Na Oficina, Tânia parte do princípio de que o aprendizado só se realiza quando se cuida do todo, ou seja, não adianta trabalhar só a atenção, a percepção visual, a memória e o raciocínio lógico, como sugerem alguns programas de ginástica cerebral. “Não adianta nada eu ensinar uma técnica de memorização se a pessoa não souber em que e como aplicá-la”, completa. Para que se possa ter um melhor rendimento no aprendizado, é preciso juntar os cuidados com a saúde, o exercício das diversas funções mentais de maneira equilibrada e o conhecimento sobre como utilizar suas capacidades.
Uma das grandes dificuldades no aprimoramento da memória, segundo Tânia Guerreiro, é lidar com as próprias limitações. “As pessoas tendem a fugir da dor e dos problemas”, diz Tânia. A psicóloga e gerontóloga Elisa Leite de Castro, que também coordena uma Oficina de Memória no Espaço Vivo e no Projeto Vida Ativa, da Univercidade, afirma que, no início, os alunos, tendem a estimular uma certa rivalidade nos exercícios, para se reafirmarem. “Mas, aos poucos, ao entrar em contato com uma variedade enorme de exercícios, sentem que cada um tem suas dificuldades e talentos e que não precisam competir”, explica Elisa.
Tânia Guerreiro promove dinâmicas para que os participantes possam compartilhar suas dificuldades. Elas contribuem para o alívio de muitos. Ao dividir os sentimentos, o aluno entende que não se espera que ele seja infalível. Com isso, os alunos adquirem uma postura diferente frente às dificuldades. “Eles têm menos medo de buscar entender o que aconteceu nos lapsos de memória. E usam essa procura não para se desculpar pelos erros, mas para fazer diferente”.
Fonte:www.maisde50.com.br
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