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Fundos de pensão buscam investimentos alternativos e baixam as suas taxas atuariais

Os fundos de pensão , que olham sempre um horizonte mais longo, já começam movimento para se adaptar à nova conjuntura de rendimentos menores na renda fixa e variável.

 Entre as mudanças estão em busca por novas alternativas de investimentos e, também, o ajuste das metas atuariais.

Segundo Antônio Jorge Cruz, diretor da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), os fundos já iniciaram o processo de busca de investimentos alternativos, mas essa queda da bolsa nesse momento não chega a preocupar. “Tem uma parte dos fundos olhando essa queda como ponto de compra”.

Ele destaca ainda que os fundos iniciaram um processo gradual de alongamento dos ativos em 2004, comprando papéis do governo com vencimento em até 40 anos. Em 2000, estima o dirigentes, o giro médio dos papéis estava na casa do 360 dias. Hoje, grande parte está acima de 2,5 anos e até três anos.

Paulo Tolentino, presidente da Associação dos Fundos de Pensão de Empresas Privadas (Apep) afirma que, tradicionalmente, as margens das fundações brasileiras são “bastante ambiciosas”. A taxa atuarial real (descontada a inflação), em média é de 6%.

Países de economia mais estável variam entre 4% e 5,5%. “Isso vinha sendo possível com certa facilidade porque os títulos governamentais pagavam isso. Com a economia entrando num momento de estabilidade, para longo prazo, esse raciocínio não é verdadeiro”.

Um desses movimentos já foi feito pela Fundação Promon, mais antigo fundo de empresa privada. Mário Ribeiro, diretor da entidade, conta que em 2006 foi reduzida a meta de 6% para 5% ao ano, mais a variação do INPC. A alteração foi financiada pelo superávit acumulado ao longos dos anos. “Objetivo é futuramente fazer nova redução, talvez para 4%. Ainda estamos estudando.

Precisamos nos preparar para o futuro. Bater a meta não está fácil”. Além disso, os fundos de investimentos em participações (FIP) e os fundos multimercados sem restrições de investimentos, que permitem alavancagem e day-trade já chamam a atenção dos fundos.

Mas o diretor de investimentos da Previ, Fábio Moser, diz que é preciso manter a calma em momentos de muita turbulência, para não realizar prejuízos. “A queda de mercado gera uma redução contábil, que só se torna perda se efetivamente for realizada”.

A dependência dos fundos de pensão em relação à renda variável se mostrou mais forte neste ano. Levantamento com o resultado de 33 entidades feito pela consultoria Luz Engenharia Financeira mostra que o retorno médio dos últimos doze meses, até junho, atinge 13,3%, próximo da referência média de mercado (INPC mais 6%). “A grande maioria das entidades está com o percentual beirando o CDI, mas já demonstram preocupação com fechamento do ano”, afirma Cecília Harumi, gerente da Luz.

Essa dificuldade se deve, em parte, aos resultados não muito positivos das ações. O Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou julho com desvalorização de 8,48%, o que faz do mês o segundo pior de 2008. Em junho, a Bolsa caiu 10,4%, pior desempenho mensal desde abril de 2004. No acumulado do ano, a desvalorização já atinge 6,86%. E em comparação com a máxima do ano registrada em 20 de maio, a baixa é ainda maior, de 19,06%.

A Fundação CESP, por exemplo, maior entidade privada, precisa que neste ano a bolsa encerre dezembro no patamar de 72 mil pontos, com valorização de 12,7%. Jorge Simino, diretor da entidade, explica que a dependência do mercado de ações aumentou recentemente. “A grande maioria dos fundos deu um passo adiante nos últimos três anos. Agora há a dependência do comportamento da renda variável, já que a taxa de juros real é muito menor do que no passado”.

O presidente da Fundação Real Grandeza (FRG), Sérgio Wilson Fontes, calcula se o Ibovespa atingir os 70 mil pontos, a meta atuarial estaria garantida. Ele diz, porém, que a FRG adota há alguns anos uma estratégia mais conservadora que a média do mercado, com forte aplicação em títulos longos atrelados aos índices de inflação e menor percentual em bolsa. “Ficamos um pouco mais protegidos, mas sem dúvida que nesse cenário fica mais difícil atingir as metas atuariais”. A FRG tem cerca de 20% dos mais de R$ 7,3 bilhões de ativos aplicados em bolsa.

Fonte:Primária da Informação Valor

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