A previdência complementar – ou previdência privada como é mais conhecida – é um instrumento que permite ao trabalhador acumular recursos para garantir tranquilidade no futuro, seja para manter o padrão de vida na aposentadoria, realizar um projeto de vida ou até mesmo para garantir a educação dos filhos.
– É, também, uma alternativa para dar proteção à família e estabilidade financeira a médio e longo prazo, pois permite o planejamento do futuro de forma flexível e de acordo com as necessidades de cada um – contou o gerente de grandes clientes da Caixa Vida & Previdência, Emanuel Saraiva Mota.
Segundo Mota, a previdência complementar seria a melhor modalidade de investimento a médio e longo prazo disponível no mercado. Diferentemente de outras formas de investimento, as tributações ocorrem somente no resgate dos recursos, e esses valores são reduzidos de acordo com o tempo de permanência no plano de previdência.
– Além disso, o governo federal oferece benefícios fiscais para quem investe nestes planos, permitindo ao cliente pagar menos imposto agora e ganhar com a rentabilidade desses recursos – disse.
Embora possa parecer um investimento bastante rentável, engana-se aquele que acredita que somente grandes investidores podem se beneficiar. Vários bancos privados e outros órgãos, além da própria Caixa, também oferecem essa possibilidade ao cidadão. Para se ter idéia, investimentos a partir de R$ 35 já permitem a abertura de uma previdência privada.- Qualquer pessoa pode adquirir um plano de previdência na Caixa. Basta que possua CPF – explicou.
Regras e opções diferentes
No entanto, as regras para a aquisição de um plano deste tipo podem mudar dependendo da instituição ou empresa que o cidadão contratar para o investimento, assim como também podem mudar os riscos. No caso da Caixa, Mota explica que o investimento é seguro, já que os fundos são investidos em títulos de renda fixa – garantidos pelo Tesouro Nacional – e em renda variável, com papéis sólidos do Índice Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
– Os investimentos são administrados pelos especialistas da Caixa, e o cliente decide qual percentual aplicará em renda fixa e na renda variável – disse.
No entanto, há no mercado uma infinidade de opções que o cliente pode preferir e, embora algumas delas possam ter um risco mínimo, ainda são consideradas investimentos bastante seguros. O gerente de relacionamento da CBS Previdência (Fundo de Pensão da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN), Wlader Lucio Lima, contou que os interessados em investir nessa área devem se atentar para qual investimento enquadra-se melhor às expectativas e possibilidades. Ele explicou que o valor mínimo a ser desembolsado mensalmente é variável, dependendo do plano escolhido pelo cliente, que também pode ser de previdência aberta ou fechada.
– Geralmente, os planos das previdências abertas começam com o valor mínimo de R$ 50, e nas previdências em entidades fechadas a contribuição é calculada em função de um percentual do salário – disse ele, lembrando que sua empresa possuiu um programa de educação previdenciária e financeira, chamado de “CBS Perto de Você”. Ele disse também que a CBS Previdência é um fundo de pensão do segmento de previdência privada, ou seja, apenas podem participar empregados de empresas que venham a aderir ao fundo como patrocinadoras.
Há também, segundo ele, a possibilidade de contratação diferenciada de acordo com o desejo do investidor.
– Na previdência aberta os planos podem ser contratados em bancos ou em seguradoras autorizadas pelo órgão fiscalizador que, neste segmento, é a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Já na previdência fechada, também conhecida como “fundos de pensão”, somente poderão aderir aos planos os empregados de empresas que patrocinam esses fundos – afirmou.
Resgate do investimento é possível após carência
Apesar de a previdência privada ter como característica principal fazer com que a aposentadoria do cliente seja mais “gorda”, o resgate do dinheiro investido não é impossível de ser realizado antes da hora inicialmente prevista pelo investidor: é possível fazer um investimento como este para, por exemplo, bancar os estudos do filho na fase a adulta ou para se comprar uma casa. As regras estabelecem uma espécie de carência, mas não impedem que o investidor acabe com o plano ou mesmo não saque parte do que investiu.
– Na previdência fechada o contribuinte tem que se desligar da empresa primeiro. Na previdência aberta, porém, pela nova regulamentação, somente poderão ser resgatadas pelos respectivos empregados após cumprimento da carência de um ano. A contagem, porém, começa no primeiro dia útil de janeiro do ano civil seguinte à contribuição, o que pode levar muitos a ter uma carência de dois anos para resgate. Na prática, as regras atingem quem recebia participações nos lucros, bônus ou tem planos patrocinados pelas empresas – explicou Lima.
A carência também existe para quem possuiu o investimento pela Caixa Econômica: para que o saque seja realizado, é necessário esperar ao menos um ano de investimentos. – A previdência complementar da Caixa foi pensada para ajudar o cliente a acumular uma reserva a longo prazo, evitando realizar resgates ao longo do plano. Por isso, existe um prazo de carência para a realização desses resgates, que é de 12 meses para o primeiro resgate contados a partir da data de inscrição e um intervalo mínimo de 60 dias para os demais resgates – afirmou o gerente Emanuel Saraiva Mota.
Entrevistados se dizem satisfeitos com o investimento
A previdência privada não é tão divulgada quanto a caderneta de poupança, mas nem por isso deixa de ganhar adeptos pela região. A jornalista Flávia Rezende é uma das que acredita que investir na previdência privada é garantia de um futuro mais seguro. No caso dela, a precaução vem de família.
– Tenho [um plano] desde que nasci e já até me foi útil, usei parte do que estava investido para dar entrada na minha casa. Foi de grande valia, e hoje eu tenho duas, uma privada e uma de um banco público – explicou ela. Para Flávia, o sistema de aposentadoria pelo governo é muito instável por conta da alteração (sempre questionada) da legislação e, para não arriscar, ela prefere se precaver.
– Eu acredito que daqui a alguns anos o INSS vai falir e aí nada de aposentaria, a não ser pra quem tem previdência. Por isso, eu já fiz uma para minha filha – disse. Reginaldo Tenório da Silva, morador de Barra Mansa, também possuiu previdência privada e sua principal motivação para fazê-la, segundo ele, foi o fato de que ao se aposentar seu salário deverá ficar mais baixo.
– Quando eu me aposentar não haverá paridade, ou seja, o que eu ganho hoje não será o que eu receberei. Por isso optei por me assegurar e pagar algo que no futuro, quando eu mais precisar, vai me assegurar uma qualidade de vida melhor – concluiu.
Fonte:diariodovale.uol.com.br
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