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Responsabilidade social e Fundos de Pensão

Pensando na gestão transparente e profissional dos recursos de milhares de trabalhadores brasileiros, a Abrapp resolveu lançar o primeiro Relatório Social das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Durante o 28º Congresso Brasileiro de Fundos de Pensão, realizado ano passado em MinasGerais, a entidade decidiu avançar nessa direção, tornando as atividades dos Fundos de Pensão ainda mais claras ao conjunto da sociedade. O relatório apresentou outras dimensões igualmente importantes do setor e que nem sempre são de conhecimento público, como o impacto sócio-ambiental das empresas nas quais os Fundos investem de forma significativa.

 O Presidente da Abrapp Reginaldo Camilo diz, na entrevista abaixo, que ainda há um longo caminho a ser percorrido nesse sentido.

Somente 58 questionários foram respondidos de um universo de 263 associadas da entidade. Mas, com certeza, esta adesão inicial já sinaliza uma preocupação do setor com a responsabilidade social empresarial. O que levou a Abrapp a lançar um relatório social dos fundos de pensão?

Diversos são os motivos que nos levaram a produzir este trabalho. Apesar dos temas abordados não serem novidade para os fundos de pensão, a elaboração do relatório em si já ajuda os dirigentes e profissionais do nosso sistema a refletirem de forma mais ampla sobre as várias questões que envolvem o setor, facilitando a avaliação dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos e ajudando a orientar os próximos passos. Assim, o esforço vale para a organização internamente.

Além disso, esse é um trabalho que rende frutos junto aos mais diversos públicos, como os formados pelos participantes dos planos, fornecedores, patrocinadores, instituidores, formadores de opinião e a sociedade brasileira em geral. A todos o relatório mostra a força do compromisso das fundações com o desenvolvimento sustentável do país. Reflete, também, uma visão alinhada ao bem-estar social e preservação ambiental, incorporando o compromisso com a ética e o diálogo em suas práticas cotidianas.

Seria o início de uma cultura de investimentos focada na responsabilidade social das empresas? Qual a importância disso para o setor?

A cultura de investimentos com foco na responsabilidade social e na sustentabilidade já existe na maioria dos fundos de pensão e em muitas empresas nas quais as fundações figuram como acionistas de peso. Ainda assim, procuramos disseminar e fortalecer ainda mais estes conceitos. Confiamos que os princípios de responsabilidade social possam conduzir, de fato, a uma melhor rentabilidade no longo prazo. Além do impacto positivo sobre a imagem do sistema.

No futuro, os fundos adotarão indicadores sociais como pré-requisitos dos seus investimentos?

Está realidade já existe hoje. Algumas fundações já adotam este critério em seus investimentos há vários anos. É o caso de lembrar que esse é um tema presente em nossos congressos anuais desde o início da década, quando tal consciência nem havia se formado com a força de hoje no conjunto da sociedade. O que o futuro nos reserva é uma conscientização ainda mais ampla, com um número maior de fundações, comparativamente às que temos agora. Seguindo o mesmo caminho de uma crescente responsabilidade social e ambiental.

Entre os resultados encontrados, quais números chamaram mais atenção?
O relatório aborda diferentes tópicos como Governança Corporativa e Transparência, Contribuições Previdenciárias e Econômicas, Contribuições e Projetos Sociais e Ambientais. Existem muitos pontos a destacar.

Apenas para citar alguns, por exemplo, no item Governança Corporativa e Transparência, 67,2% dos Fundos de Pensão divulgaram seus modelos de governança em estatuto ou relatório financeiro anual em 2006, 53,4% fazem pesquisa de satisfação com participantes e o resultado obtido é bastante positivo já que o grau de satisfação foi alto (83%). Outro dado interessante mostra que 96,6% dos fundos que responderam a pesquisa já possuem código de ética.

Mais um ponto de destaque é que 50% das entidades já verificam o impacto ambiental de empresas onde irão investir, o que demonstra uma relevante preocupação do sistema com temas relacionados a este item, sendo que 17% dos fundos de pensão já contam com mecanismos de integração da RSE (Responsabilidade Social Empresarial) em seu planejamento estratégico. Internamente, apesar do baixo impacto ambiental direto que resulta do funcionamento das fundações, também existem ações visando minimizar as conseqüências ambientais de suas atividades: 46,6% investiram em melhorias para redução do consumo de água, 58,6% diminuíram o gasto de energia e 51,7% reduziram o consumo de copos descartáveis. Além disso, 74,1% dos Fundos realizam algum tipo de campanha ou mobilização para o consumo consciente, 43% com coleta seletiva e 52% doam resíduos para entidades da sociedade civil.

Os dados mencionados aqui demonstram que já existe dentro do sistema uma forte conscientização em relação ao crescimento sustentável do país e ao cuidado com a gestão dos recursos financeiros que pertencem ao trabalhador brasileiro que participa das entidades.

Quais fundos mais se destacaram nesse relatório?

Percebemos o mesmo destaque para todas as fundações que participaram. Inclusive, para as que não foram citadas no relatório, por não terem concluído o preenchimento do questionário devido a fatores diversos, mas que se mostraram bastante interessadas no trabalho. Estas participaram com sugestões, idéias e críticas, se comprometendo com uma próxima publicação. Existem muitas ações sociais que são desenvolvidas pelas fundações e que constam no Relatório. Para citar, teríamos que falar de todas, pois independentemente da ação praticada e do porte da fundação, todas são muito importantes e mostraram a mesma convicção e consciência.

No próximo evento da Abrapp, você acha que haverá uma adesão maior?

Pelo interesse que o tema provoca nas fundações e a necessidade de caminharmos para uma sociedade cada vez mais justa e desenvolvida, acreditamos que assuntos relacionados a esta questão serão cada vez mais debatidos pelos fundos de pensão e a sociedade em geral. O debate entendido como reflexão que antecede novas ações. Não temos dúvida disso.

Existem outras iniciativas parecidas para estimular a responsabilidade social dos fundos de pensão? O governo incentiva?

Existem várias outras iniciativas que demonstram o comprometimento dos fundos de pensão com os aspectos sócio-ambientais. Os fundos participam, através da Abrapp, do CDP (Carbon Disclosure Project), uma iniciativa global formulada por investidores institucionais com o objetivo de concentrar seus investimentos em empresas ambientalmente responsáveis. Esses administradores de recursos, responsáveis pela gestão de ativos superiores a dezenas de bilhões de dólares, apuram como as empresas tratam a questão do meio-ambiente em seus processos. A partir dessa pesquisa, eles só aplicam nos papéis daquelas que se preocupam de fato em reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Temos também a adesão de muitas associadas ao PRI (Princípios para o Investimento Sustentável), que é um documento elaborado por iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas). Mais uma vez, o intuito é a sujeição dos investimentos à adoção pelas empresas de critérios responsáveis tanto na questão social quanto na ambiental.

Os fundos de pensão, através da Abrapp, também participam do conselho do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) criado em 2005 pela Bovespa e formulado com base no conceito internacional Triple Botton Line (TBL) que avalia, de forma integrada, elementos ambientais, sociais e econômico-financeiros. Aos princípios do TBL, foram adicionados outros três indicadores: governança corporativa, características gerais e natureza do produto. O conselho também é composto pelas entidades Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, International Finance Corporation (IFC), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), além da Bovespa e do Ministério do Meio Ambiente. Estes exemplos demonstram a abrangência e a dimensão do compromisso que os fundos de pensão possuem com os temas relacionados à responsabilidade sócio-ambiental.  (Portal da Valia)


Fonte:AssPreviSite

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